Na ultima sexta-feira, dia 25, o Grupo de Trabalho Intersetorial Álcool e outras Drogas da Regional Norte (GTI) realizou no auditório da Secretaria Regional Norte (Rua Pastor Muryllo Cassete, 85, São Bernardo), um fórum com profissionais das áreas de saúde, educação, assistência social, cultura e gestores. A atividade teve o objetivo de apresentar os serviços de saúde oferecidos pela rede municipal no atendimento a pessoas em uso prejudicial de álcool e outras drogas.
Participaram do evento cerca de 60 pessoas, estiveram presentes no local o Secretário Adjunto da Regional Norte, Luiz Otávio Alves de Carvalho, a gerente do Centro Cultural Zilah Spósito, Simone de Pablo, os psicólogos Hugo Baêta, Artur Oliveiros Rocha e a terapeuta ocupacional, Vanilza Rodrigues dos Santos, integrantes da equipe de referência técnica em Saúde Mental da Gerência de Atenção a Saúde Norte (GERASA), que apresentaram a Politica de Saúde Mental de Belo Horizonte (SUS BH).
O encontro também contou com uma apresentação cultural feita pelas crianças do Programa Arte da Saúde, que cantaram e tocaram clássicos da musica popular.
Durante a apresentação a equipe destacou os serviços da rede de atenção psicossocial, conhecido como RAPS, que atendem pessoas em uso prejudicial de álcool e outras drogas. A Regional Norte conta com um Centro de Referência em Saúde Mental – CERSAM; um Centro de Convivência (Providência), que oferece oficinas de arte e oportunidade de convívio social aos adultos; seis Residências Terapêuticas; uma equipe de Consultório de Rua para as pessoas que estão em situação de uso de drogas nas ruas; cinco Núcleos de Arte da Saúde para as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, que oferece oficinas de arte, convívio social, cultura e lazer e uma Equipe Complementar de Saúde Mental para o atendimento desse público.
Além desses serviços, a regional Norte conta com o suporte do Centro de Referência em Saúde Mental, Álcool e Drogas – CERSAM-AD/Nordeste (Rua Joaquim Gouvêa, 600, Bairro São Paulo). “Nós temos uma rede de serviços no SUS BH que estão de portas abertas para atender os usuários em uso prejudicial de álcool e outras drogas”, destacou Vanilza.
Sobre o tratamento desses pacientes, a referência técnica pontuou que a rede não trabalha na perspectiva da abstinência, mas, com a estratégia da redução de danos. “Não que a abstinência não possa ser um fim a ser alcançado, mas, isso depende muito do próprio usuário. O usuário constrói junto com os profissionais o seu projeto terapêutico. Para muitos desses pacientes se manter em abstinência é difícil porque a droga ocupa certo lugar na vida do sujeito, mas independente do consumo de drogas o nosso foco é o cuidado com o cidadão, com o sujeito. E o cuidado ultrapassa a questão do consumo de drogas, inclui a questão do cuidado com o próprio corpo, das possibilidades de interlocução social que ele pode fazer, do seu vinculo com o trabalho, de vínculos sociais que ele pode construir. A abstinência pode ser um fim a ser alcançado, podendo ou não, entrar no projeto terapêutico”, explicou.
Na ocasião a equipe de referências técnicas em saúde mental ainda esclareceu que esses casos podem chegar à rede por meio de demanda espontânea, via SAMU ou encaminhamentos dos Centros de Saúde, Equipes de Saúde da Família e Equipes de Saúde Mental, além de outros parceiros: Conselho Tutelar, CRAS, CREAS (PAEFI, MSE) e Escolas. Nos casos de pessoas em situação de uso de álcool e drogas nas ruas, o contato pode ser feito pelo Centro de Saúde, e outros serviços da Assistência Social ou Educação, por telefone ou via e-mail. Nesse sentido, a RAPS atua de forma a garantir o cuidado ao cidadão em uso prejudicial de álcool e outras drogas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário