Os moradores do bairro Tupi, região norte de Belo Horizonte, iniciaram o mês de fevereiro contribuindo com o combate do mosquito Aedes aegypti. Eles receberam na segunda-feira, dia primeiro, o sexto mutirão intersetorial de combate ao mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus da região. A ação faz parte da força-tarefa da Prefeitura de Belo Horizonte de combate ao Aedes aegypti e é coordenada pelo Grupo de Eliminação do Aedes aegypti (Geades).
O mutirão direcionado a área de abrangência do Centro de Saúde Tupi, contou com o apoio de agentes da Defesa Civil da capital, Gerência de Saúde Norte (GERSA-N), Gerência de Licenciamento e Fiscalização Integrada (GRFIL-N) e Gerência de Limpeza Urbana (GERLU-N). Também participaram ativamente da atividade 37 agentes de controle de endemias (ACE), 09 agentes comunitários de saúde (ACS) do Centro de Saúde Novo Aarão Reis, Vigilância Sanitária e outros servidores da Regional Norte, que deram apoio logístico ao trabalho.
O gerente de Zoonoses da Regional Norte, Diogo Ornelas, orientou os profissionais antes da ação e explicou a dinâmica do mutirão no território. “Os camiões da SLU rodaram em uma área maior recolhendo os inservíveis que os moradores depositaram nas calçadas conforme as orientações, já os agentes fizeram a vistoria pente-fino numa área menor na qual está concentrando o maior número de casos de dengue no bairro. Os imóveis que ficarem com alguma pendência, ou que foram notificados nós vamos ao longo do mês fazendo ações pontuais”, disse. O gerente ainda informou. “Atualmente o bairro Tipi é o quarto bairro da região Norte com o maior numero de casos notificados de dengue e a presença do vetor nos mostra também o risco de exposição a outras doenças como o zika e a chikungunya, por isso, a atenção é foi fundamental para a eliminação desses focos”, destacou.
Na ocasião os agentes da prefeitura realizaram averiguações durante a Operação Pente-fino em 1.100 dos 2.116 imóveis da área do mutirão, situados em 26 quadras. Foi realizado o recolhimento dos inservíveis e a orientação dos moradores. Latas, garrafas, vasos, móveis, baldes e outros materiais, foram coletados durante o mutirão. Pneus e lixos eletrônicos também foram recolhidos e terão destinação correta. O objetivo da ação é impedir a proliferação do mosquito. Nove imóveis foram notificados pela vigilância sanitária.
A aposentada, Maria Aparecida dos Santos, conta que recebeu a ajuda dos agentes para colocar os inservíveis no passeio. “Eu separei algumas coisas, mas como sofri um acidente e não consigo carregar peso, não pude levar o lixo para fora. Quando os agentes chegaram para a vistoria, pedi que eles levassem os materiais para o passeio e eles fizeram prontamente. Então, eu acho que esse trabalho é ótimo e muito importante e que se não fosse isso a situação seria bem pior”, afirmou.
A dona de casa Alexandria Kuster Inácio, que também recebeu os agentes para o pente-fino, disse durante a vistoria que procura estar sempre alerta, mas que todos precisam fazer a sua parte na luta contra o Aedes aegypti. “A gente procura cuidar direitinho da nossa casa, eu, por exemplo, não coloco água em pratinhos de plantas e o que pode acumular água mantenho em local seco e coberto, mas acho que todo mundo precisa fazer a sua parte”, alertou. O morador do bairro, Jose Eustáquio de França, também deixou seu recado. “A gente não pode descuidar, porque o perigo está ai”, concluiu.
Ao todo foram coletadas 37 toneladas de inservíveis distribuídas em 28 viagens para o aterro.
Coleta de inservíveis durante mutirão intersetorial no bairro Tupi. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário