Mais de 38 toneladas de inservíveis, foram recolhidas, na segunda-feira, dia 15, durante o mutirão intersetorial de combate ao mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus no bairro Guarani. A ação faz parte da força-tarefa da Prefeitura de Belo Horizonte de combate ao Aedes aegypti e é coordenada pelo Grupo de Eliminação do Aedes aegypti (Geades). 
O trabalho de mobilização e orientação da comunidade ocorreu na semana antecedente ao mutirão. O comunicado foi feito com o auxílio de carros de som e durante visita de rotina dos agentes de Combate à Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
O mutirão foi direcionado a área de abrangência do Centro de Saúde Guarani e contou com o apoio de agentes da Defesa Civil, Gerência de Saúde (GERSA-N), Gerência de Licenciamento e Fiscalização Integrada (GRFIL-N) e Gerência de Limpeza Urbana (GERLU-N). Participaram ativamente da atividade 37 agentes de controle de endemias (ACE), 15 agentes comunitários de saúde (ACS) do Centro de Saúde Guarani, Vigilância Sanitária e outros servidores da Regional Norte, que deram apoio logístico ao trabalho. Ao todo foram 100 profissionais envolvidos na ação.
O sétimo mutirão realizado na região Norte ainda contou com a presença da rádio Itatiaia. A equipe de jornalismo acompanhou a vistoria pente-fino feita pelos agentes nas residências.
O chefe de gabinete da Regional Norte, Carlos Henrique Silva e o gerente regional de saúde, Moisés Gonçalves, também estiveram presentes no mutirão dando apoio a ação. Na ocasião o gerente de saúde reforçou a importância da qualidade das averiguações realizadas pelas equipes. “A vistoria é o momento em que nós temos a oportunidade de fazer o checklist com aquele morador. Perguntar se ele está separando um tempo para monitorar seu quintal pelo menos uma vez por semana, avaliar positivamente e negativamente o local com base no checklist até mesmo para ver onde aquele morador precisa melhorar no cuidado”, disse.
O gerente de Zoonoses da Regional Norte, Diogo Ornelas, dividiu as equipes e orientou os profissionais quanto a dinâmica do mutirão no território. Diogo ainda destacou que camiões da SLU rodaram durante o mutirão em uma área maior recolhendo os inservíveis que os moradores depositaram nas calçadas conforme as orientações, já os agentes fizeram a vistoria pente-fino numa área menor na qual está concentrando o maior número de casos de dengue no bairro. “Os imóveis que ficarem com alguma pendência, ou que foram notificados nós vamos ao longo do mês fazendo ações pontuais”, afirmou.
Na ocasião os agentes da prefeitura realizaram averiguações em 1.300 dos 4.600 imóveis da área do mutirão, situados em 66 quadras. Apenas quatro imóveis foram notificados pela Defesa Civil. Foi realizado o recolhimento dos inservíveis e a orientação dos moradores. Latas, garrafas, vasos, móveis, baldes e outros materiais, foram coletados durante o mutirão. Pneus e lixos eletrônicos também foram recolhidos e terão destinação correta. O objetivo da ação é impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Cuidar para prevenir
A dona de casa, Cristina Ribeiro, conta que procura sempre cuidar bem da sua residência, pois teme pela saúde da filha do tio. “Eu gostei muito da visita dos agentes. Eles vieram olharam tudo e me esclareceram algumas duvidas. As vezes eu ainda fico com receio por causa do nosso esgoto, que já deu foco de dengue, mas hoje, fico de olho e não deixo dar mais nenhum foco. A gente tem cuidado muito e está tudo limpinho porque me preocupo mais pela a minha filha pequena e pelo meu tio que é deficiente”, disse.
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| Dona Durvalina recebe o agente para vistoria. |
A aposentada Durvalina Maria Malta de Souza, ganhou nota 10 no quesito limpeza. Ela recebeu os agentes para o pente-fino, que ficaram satisfeitos com a dedicação da moradora do bairro Guarani. “Acho que nos temos a obrigação de manter as nossas casas e quintais limpos, livres dos focos do mosquito, porque não é um risco só nosso, mas para todos os nossos vizinhos”, pontuou. A aposentada ainda deu uma dica para quem não quer ficar doente. “Nós aqui em casa nunca tivemos dengue e o segredo disso é cuidar para prevenir”, concluiu.
Ao todo foram coletadas 38,5 toneladas de inservíveis distribuídas em 27 viagens para o aterro.
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