sexta-feira, 16 de abril de 2010

Encontro de educadores debate questões sobre adolescentes em conflito com a Lei

A Secretaria de Administração Regional Municipal Norte realizou nesta quinta-feira, o I Encontro de Educadores de Referência da Medida Sócio-educativa de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC). O tema Adolescência e o Espaço Escolar foi abordado pela professora Valéria Andrade Martins que também é assistente social e especialista em Políticas Públicas. A proposta é fazer encontros mensais com objetivo de favorecer a troca de experiências entre os educadores que aceitam participar do programa, permitindo que eles recebam da melhor forma possível os adolescentes em conflito com a Lei, encaminhados para cumprimento de medida sócio-educativa, pelo Juizado da Infância e Juventude.

Para a professora Valéria Andrade, é necessário desmistificar a relação entre adolescente cumpridor de medida sócio-educativa e a escola. “Existe uma necessidade de estabelecer qual é a representação que a escola tem de um adolescente em conflito com a Lei e o que esta escola representa para este adolescente. A escola tem dificuldade em acompanhar alterações culturais da sociedade que por sua vez, se refletem no espaço escolar gerando pontos de conflito na relação dos alunos adolescentes e a instituição”, explicou.

A expectativa dos organizadores
é formar multiplicadores dos educadores sociais, ampliando e diversificando os postos de atividades.

De acordo com a educadora social Flávia Dutra o adolescente tem o direito de ser responsabilizado pelos seus atos infracionais e a partir daí construir uma saída alternativa para a própria vida. Para Flavia Dutra, responsabilizá-lo pelo cumprimento da medida, determinada pelo Juizado da Infância e da Juventude, possibilita uma nova oportunidade. “O apoio dos educadores é fundamental para oportunizar aos jovens construir um novo caminho, conviver com novos modelos de atitudes e pensamentos. O educador de referência é voluntário e neste sentido, só aceita o adolescente em conflito com a Lei se quiser. Mas ao aceitá-lo deve apontar um novo modelo a ser seguido considerando valores éticos, morais, respeito ao próximo e a si mesmo, enfim, ajudar o adolescente a romper o círculo em que está inserido até então”, afirmou.


FONTE : Gerência Regional de Comunicação Social Norte(GERCOM-N)

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