terça-feira, 1 de junho de 2010

Violência e abuso sexual a menores é tema de discussão na Regional Norte

A Secretaria Administração Municipal Regional Norte recebeu na última quinta-feira, dia 27, o Fórum de Atenção à Criança e ao Adolescente, com o tema “Enfrentamento da Violência Sexual Contra a Criança e o Adolescente”. O objetivo é trazer a discussão sobre o assunto e orientar os participantes que trabalham nas áreas de Educação, Saúde e no Conselho Tutelar como agir ao se deparar com um caso de abuso e como tratá-lo da maneira mais correta e eficaz. A apresentação, que contou com a participação de mais de cem profissionais, foi feita pela psicóloga e técnica executiva do Plano Nacional Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (PAIR) BH, Célia Carvalho Nahas.

A falta de denúncias, segundo a psicóloga Célia Nahas, é uma das maiores preocupações no combate a violência sexual contra menores. “Um dos principais obstáculos ao combate à violência sexual contra crianças e adolescentes é a ocultação de casos e o silêncio dos envolvidos”, afirma. Ainda segundo Célia Nahas, há casos em que as pessoas não conseguem se livrar das seqüelas geradas pela violação de direitos. “Em casos de violência ou abuso sexual, algumas vítimas não conseguem se recuperar e carregam seqüelas como medo, depressão, fobias, problemas de concentração, problemas digestivos, entre outros, para o resto da vida” alertou.

Os dados apresentados durante o fórum mostram que muitas vítimas sofrem os abusos dentro das próprias casas. Cerca de 44% dos casos de violência sexual contra os menores são causados pelos próprios pais, 17% por padrastos e 39% são causados por outros integrantes da família.

Célia Nahas explicou que o PAIR estabelece um conjunto de diretrizes que permite a intervenção técnica-política para o enfrentamento do abuso e da exploração sexual, respaldando-se em seis eixos estratégicas sendo, Análise da Situação, Atendimento, Prevenção, Defesa e responsabilização, Mobilização e Articulação Infanto-Juvenil, e que vai além da exploração sexual, combatendo também os casos de pedofilia e o comércio de crianças e jovens.

“O contato físico não é a única característica de abuso sexual. Telefonemas com assuntos obscenos, incentivos sexuais como exibição de filmes e fotos contendo sexo explícito ou não, exibicionismo e voyeurismo também são considerados abusos, mesmo não tendo contato físico”, enfatizou.

A psicóloga Célia Nahas afirmou que uma das formas de evitar o problema é o contato próximo dos pais com filhos, oferecendo sempre o diálogo e a orientação. Para encerrar, grupo de crianças da Legião da Boa Vontade (LBV), realizou apresentação com música e dança.

O Fórum de Atenção à Criança e ao Adolescente acontece mensalmente no auditório da Regional Norte, sempre na última quinta-feira do mês.




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FONTE : Gerência Regional de Comunicação Social Norte(GERCOM-N)

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