Com o intuito de trocar experiências e fazer uma reflexão quanto à atuação dos profissionais de saúde mental na região, a Secretaria de Administração Regional Municipal Norte recebeu nesta última quarta-feira, dia 14, em seu auditório (Rua Pastor Muryllo Cassete, 85, São Bernardo), a terceira edição do Fórum de Saúde Mental. A atividade, organizada pela Comissão Distrital de Saúde Mental e Gerência de Atenção à Saúde, contou com a participação de cerca de 100 profissionais envolvidos na área. 
Com o tema “O Conceito de crise e o manejo de situações de urgência na rede pública de saúde”, o encontro teve o objetivo de alinhar e instrumentalizar os profissionais no tratamento adequado dos casos mais complexos de saúde mental. A realização foi direcionada a médicos, enfermeiros, profissionais da saúde mental e demais atores das políticas intersetoriais.
A gerente de atenção à saúde da Regional Norte, Tatianne Perdigão de Carvalho, abriu o evento e destacou a importância do encontro. “O Fórum é o espaço de análise e articulação, onde podemos mostrar as ações e movimentos realizados na rede e, dessa maneira, nos direcionarmos em relação a nossa prática de trabalho da melhor maneira possível”, disse.
Na ocasião, foi realizado um debate entre os participantes do evento. Já o psicólogo Arthur Oliveiros Rocha, referência técnica da Regional Norte e do Centro de Saúde Etelvina Carneiro, destacou a importância da discussão intersetorial no sentido de melhorar o atendimento desses pacientes. “A discussão tem sido realizada com frequência entre os trabalhadores do setor, além de outras políticas, a fim de nivelar todas as informações direcionadas ao atendimento cada vez mais adequado aos pacientes da região”, destacou.
Durante o fórum, o psiquiatra do Centro de Referência em Saúde Mental Norte CERSAM-N (Rua Furquim Werneck, 125, bairro Guarani), do Serviço de Urgência Psiquiátrica (SUP), e coordenador da residência integrada de saúde mental da PBH, Polípio de Campos, ministrou uma palestra onde contextualizou a história dos tratamentos psiquiátricos públicos no Brasil e no mundo e destacou as dificuldades na tentativa de reformar o sistema de saúde mental, principalmente, com o intuito de fazer com que os pacientes sejam enxergados como pessoas comuns, vivam com dignidade e que tenham uma expectativa de vida maior. “É lamentável e triste saber que, infelizmente, a expectativa de vida dessas pessoas é aproximadamente 20 anos a menos que as demais e, isso, é muito complicado, afinal, trata-se de um problema do mundo inteiro”, afirmou.
Conforme a diretora clínica adjunta do Instituto de Psicanálise de Minas Gerais e supervisora da Rede de Saúde Mental da PBH, Lilany Pacheco, que também esteve presente no evento, os resultados do fórum são vistos nos debates em equipe locais. “A contribuição maior deste debate será nas reuniões de equipe; momento este em que serão discutidos os casos que estão sendo atendidos, por isso, é importantíssimo a sua realização”, pontuou.
O psicólogo Hugo Rangel, referência técnica da Regional Norte e do Centro de Saúde Amélia Rocha de Melo e um dos organizadores do fórum, avaliou o encontro como muito positivo, principalmente, por possibilitar uma abordagem ampla ao tema proposto. “A discussão deste encontro resultou na definição da necessidade de realizarmos um fórum extraordinário no dia dois de dezembro, envolvendo esta mesma temática. Vale lembrar, que o conceito de crise e o manejo de situações de urgência têm sido debatidos desde a inauguração do CERSAM Norte, no início deste ano, entretanto é sempre bom aprofundarmos no tema”, concluiu.
FONTE: Gerência Regional de Comunicação Social Norte (GERCOM-N).
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