quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ações especiais aumentam número de doações de sangue para o Hospital Odilon Behrens



O Hospital Odilon Behrens (HOB) efetua mensalmente mais de 600 transfusões de sangue para pacientes internados. As bolsas, que comportam entre 300 e 350 mililitros de sangue, são capazes de salvar vidas em casos de hemorragia e são essenciais para a realização de cirurgias. No entanto, muitas pessoas que se beneficiam destas transfusões se esquecem de o sangue que corre em suas veias é fruto de doações. A partir do momento que alguns pacientes já melhoraram, ou perderam um familiar, vão embora e acabam não dando um retorno para que o hospital reponha o seu banco de sangue.

Esta situação vem mudando desde o início de 2012 graças à Agência Transfusional (AT), que assumiu o papel de “recrutadora de doadores” no HOB. As doações são realizadas nas sedes do Hemominas, fundação com a qual o HOB mantém convênio desde a criação da Agência Transfusional, que, posteriormente, envia a quantidade de bolsas de sangue requisitada pelo hospital. Saiba mais detalhes sobre a AT nesta página.

Valéria Maciel, agente administrativa da agência, dedica cerca de duas horas de sua jornada e realiza o recrutamento de doadores. A agência recebe solicitações de sangue para pacientes de setores como clínicas médicas, cirúrgicas, pediatria, maternidade ou pronto-socorro. Ao receber os pedidos, Valéria se encaminha para o leito daquele paciente que vai receber a transfusão e conversa com sua família sobre a importância de também participar das doações, que são realizadas no Hemominas, para manter a rede ativa. “A mensagem que sempre tento passar é de o sangue que aquele paciente da família deles está recebendo é o sangue que outra família doou. Vou sempre durante os horários de visita e, quando não há nenhum acompanhante presente, deixo uma carta para eles ou converso com o próprio paciente”, explica. Entre os setores que solicitam sangue para seus pacientes o único que não recebe constantes visitas de Valéria é o CTI Neo-Natal, pois, de acordo com a ‘recrutadora’, na maioria das vezes são crianças muito pequenas acompanhadas de mães que ainda estão fracas por conta do parto.

Apesar de ser um trabalho iniciado há pouco mais de um mês, o sistema de recrutas implantado por Valéria no HOB já vem apresentando resultados promissores. De acordo com dados da Agência Transfusional, o número ideal de doações por mês deve equivaler a aproximadamente 50% do número de bolsas de sangue que o Hospital recebe da Hemominas, ou seja, cerca de 300. Antes de Valéria assumir a função, a fundação contabilizava uma média mensal de cerca de apenas nove doadores, que colocavam o nome do hospital no registro das doações. Este número saltou para mais de 150 entre os meses de maio e junho. “Foi um dado muito animador e significativo, levando em conta que é um período de inverno, em que as pessoas ficam gripadas e tomam mais vacinas, o que costuma reduzir um pouco o número de doações”, comemora Valéria.

De acordo com a funcionária, o novo contrato de gestão prevê um aumento de 20% no número de doações cadastradas com o nome do HOB nas sedes do Hemominas. Para alcançar essa meta, ela pretende continuar o trabalho e reforçar a campanha em redes sociais, assim como dentro do hospital, ouvindo sugestões de funcionários sobre estratégias de abordagem que resultem no recrutamento de mais doadores.

O Odilon Behrens é um hospital que trabalha com o sistema de coletas de sangue de forma diferente de centros de saúde e demais hospitais. Neles, o paciente que agenda uma cirurgia deve doar para depois passar por procedimento médico. No HOB o sistema é de “reposição”, já que é preciso manter um estoque de sangue que prioriza os casos de urgência e emergência, além das cirurgias previamente marcadas. Entre os maiores obstáculos para as doações, Valéria destaca a falta de informação sobre as doações.

Agência Transfusional

Criada em 1996 pelo médico do HOB Gilberto Ramos juntamente com o apoio da diretoria, a Agência Transfusional acompanha a história do próprio hospital. “Até a década de 1990, apenas funcionários da Prefeitura de Belo Horizonte eram atendidos. Com a reestruturação e a criação dos atendimentos de urgência e emergência, foi necessário que montássemos um banco de sangue próprio, para que não fosse preciso buscar bolsas no Hemominas e, com isso, atrasar o serviço”, lembra Gilberto, hoje, responsável técnico do setor. A AT é composta por nove técnicas de enfermagem, responsáveis pela coleta e distribuição das bolsas de sangue no hospital, e oito técnicos de laboratório, que fazem os devidos exames e análises do material coletado.

O convênio com a Hemominas foi firmado desde então e a fundação passou a fornecer material como centrífuga, geladeiras e freezers específicos para coleta e conservação das bolsas de sangue. Contudo, no ano passado, o HOB iniciou o processo de compra de materiais próprios para a Agência Transfusional.

Ao dar entrada no HOB, o paciente passa pela triagem onde um médico retira uma pequena amostra de seu sangue. Durante análise desta amostra são feitos exames que especificam a taxa de hemoglobina no sangue bem como se o paciente está com anemia. Com isso, fica claro se ele vai precisar ou não de uma doação. Feito isso, o médico do setor envia uma solicitação por escrito para a Agência Transfusional, que conta com histórico do paciente, resultados de exames e o motivo da necessidade da transfusão.

Depois disso, as técnicas de enfermagem do setor vão até o leito do paciente para coletar nova amostra e trazem de volta para a AT, onde as técnicas de laboratório vão definir qual o grupo sanguíneo do paciente. Em seguida, vão até uma das geladeiras do banco de sangue e retiram um pequeno filete de sangue de uma das bolsas com o grupo correspondente e realizam a “prova cruzada”. Com isso, vão saber se o sangue do receptor não vai reagir negativamente àquele do doador.

Por fim, a bolsa de sangue é levada até o paciente pelas técnicas de enfermagem, que ainda o observam durante dez minutos após o início da transfusão para notar qualquer reação inesperada.

Como fazer para doar sangue em nome do Hospital Odilon Behrens
• Ligue para o Hemominas (0800 031 01 01) e agende a doação
• No dia marcado, se for à unidade do Hemominas pela manhã, tome café normalmente. Caso vá após o almoço, dê intervalo de 3 horas antes da doação. Leve documentos de identificação com foto. Para doar é preciso:
- Ter entre 18 e 65 anos
- Estar em boa saúde
- Não ter tido hepatite após os 10 anos
- Pesar mais de 50kg
- Dormir bem na noite anterior
- Não ter comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis
- Não ter sido submetido a exame de endoscopia ou broncoscopia, nem feito tatuagem nos últimos 12 meses
-No momento do cadastro, lembre-se de colocar Hospital Municipal Odilon Behrens no item “hospital”, no formulário a ser preenchido.
Outras informações podem ser obtidas no site www.hemominas.mg.gov.br


FONTE : Assessoria de Comunicação Social do Município - ASCOM

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