quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Famílias que vão ocupar 1.470 apartamentos no bairro Jardim Vitória começam a ser cadastradas pela Urbel



A Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) iniciou ontem o cadastramento das famílias selecionadas para o primeiro empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida, o Jardim Vitória II. Os 1.470 apartamentos, em fase de finalização, estão localizados no bairro Jardim Vitória, na região Nordeste, com previsão de entrega até março do ano que vem. A seleção das famílias foi feita através de sorteio eletrônico fiscalizado pela Auditoria Geral do Município e por representantes da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, do Conselho Municipal de Habitação e dezenas de coordenadores de Núcleos de Moradia.


O Jardim Vitória II tem 1.470 apartamentos distribuídos nos residenciais Hibisco, Canários, Figueira, Beija Flor e Esplêndido. Para sua viabilização houve aporte de recursos de R$ 7,35 milhões da Prefeitura, que também implantou uma avenida de acesso no local. Três por cento dos apartamentos foram destinados a inscritos idosos e outros três por cento para famílias com deficiente. As prestações não podem ultrapassar 5% da renda familiar, oscilando entre R$ 25 e R$ 80.


No posto instalado no auditório da Urbel, no bairro Santo Antônio (avenida do Contorno, 6.664), as pessoas são atendidas por uma equipe de 20 funcionários. O dia e o horário de comparecimento são previamente agendados através de correspondência ou telefonema. Segundo a chefe de Divisão Social da Diretoria de Habitação da Urbel, Juliana Santos Ribeiro, as 2.205 famílias selecionadas serão cadastradas até o final do mês de janeiro. “Além das 1.470 correspondentes ao número de unidades habitacionais a serem entregues no início do ano que vem, também foi sorteado um cadastro de reserva”, explicou. Os processos abertos no cadastramento serão analisados pela Caixa Econômica Federal, responsável pela elaboração dos contratos de financiamento de cada família, para averiguar se elas se enquadram nos critérios do programa.


O diretor-presidente da Urbel, Genedempsey Bicalho, afirmou que tanto o sorteio quanto o cadastramento das famílias contempladas dão início a um novo ciclo do Minha Casa, Minha Vida em Belo Horizonte. “Nossa política municipal de habitação foi construída com muitos sacrifícios ao longo de muitos anos. Os critérios de seleção foram discutidos e definidos democraticamente pelo movimento popular de moradia e aprovados no Conselho de Habitação”, ressaltou o gestor. De acordo com Bicalho, o programa apresenta muito bom potencial e os Núcleos de Moradia fazem um trabalho sério, com desprendimento e idealismo em prol dos mais necessitados. “A Prefeitura vai continuar caminhando passo a passo com eles”, pontuou.



Em um dos 15 guichês de atendimento na Urbel, uma das selecionadas, a aposentada por invalidez Conceição das Graças do Nascimento, de 65 anos, não escondia a alegria por alcançar o sonho da casa própria. “Tem 13 anos que luto e corro atrás disso. Estou feliz pela casa que vai ser minha e que vou pagar por ela. Já passei de ônibus pela BR e avistei o conjunto. Ele está muito bonito”, disse. Viúva há dois anos e mãe de quatro filhos, todos eles casados, Conceição atualmente reside de favor em um pequeno barracão, cedido por sua cunhada, na Vila São Tomás, na região Norte. “Sobrevivi e criei os filhos graças à solidariedade dela, pois meu marido era pedreiro e ganhava pouco”, explicou.



Novas construções

Oficialmente, 198.801 pessoas estão inscritas no Minha Casa, Vida em Belo Horizonte. Mas o déficit habitacional do município estimado no Plano Local de Habitação de Interesse Social é de 62 mil moradias. De acordo com o diretor de Habitação da Urbel, José Flávio Gomes, 1.325 apartamentos para famílias com renda até R$ 1.600 estão em construção nos bairros Paulo VI e Jaqueline.


Considerando-se os empreendimentos em obra, aqueles em fase de contratação ou em análise pela Caixa Econômica Federal, e também os estudos, que se encontram em vários estágios, para destinação de terrenos públicos para moradia de interesse social, o programa Minha Casa Minha, Minha Vida, apresenta potencial para construção de cerca de 20.200 unidades habitacionais para famílias com renda até R$ 1.600, de acordo com José Flávio Gomes.


FONTE :Assessoria de Comunicação Social do Município - ASCOM

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