segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

BH é apontada como uma das cidades onde mais se lê no país


Os belo-horizontinos estão entre os leitores do país que mais consumem leitura no país, ao lado dos gaúchos de Porto Alegre. O panorama foi apontado pelo estudo Target Group Index, do Ibope Media, divulgado nesta semana e que coloca BH como uma das cidades onde mais se leu nos últimos 30 dias. Em comparação às principais capitais brasileiras, as populações de Belo Horizonte e Porto Alegre aparecem em destaque com 41% de pessoas que leram algum livro no último mês, oito pontos percentuais acima da média brasileira. As duas cidades são seguidas de Brasília, que aparece no ranking com 37% de pessoas que mantêm esse hábito.

A Prefeitura de Belo Horizonte colabora com a disseminação da leitura, investindo em diversos programas. Um exemplo são as suas diversas bibliotecas espalhadas por toda a cidade em centros culturais e regionais, além da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil, que funciona no bairro Santo Antônio. Toda a população tem acesso gratuito nesses espaços a jornais e revistas para leitura local, além de empréstimo de livros, acesso à internet, oficinas literárias, rodas e clubes de leitura e encontros com escritores. Veja no final da matéria mais detalhes sobre os locais e os programas oferecidos pela PBH.

“Ao incentivar o hábito à leitura, a PBH cumpre com o seu papel de dar acesso à informação e ao conhecimento universal à população. Para tanto, deve-se ressaltar a importância da manutenção e da qualidade das ações, dos serviços e dos espaços que promovem as práticas de leitura, valorizando também os profissionais que atuam como mediadores de leitura”, disse a coordenadora do Programa de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Carolina Teixeira de Paula.
O estudo Target Group Index foi realizado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Brasília e em cidades do interior de São Paulo e das regiões Sul e Sudeste. Ao todo, entre julho de 2011 e agosto de 2012, foram realizadas 20.736 entrevistas com pessoas de ambos os sexos das classes AB, C e DE com idades entre 12 e 75 anos. A representatividade é de 49% da população brasileira entre 12 e 75 anos, ou 71 milhões de pessoas.

Pontos positivos

A leitura é um hábito que, além de gerar conhecimento, promove o entretenimento e o relaxamento. É uma atividade recomendada por diversos profissionais e para diferentes fins e que auxilia no desenvolvimento cognitivo e na organização das ideias. Nesse sentido, o estudo reforça o que vemos de forma recorrente nas ruas de BH: estamos lendo mais. Resta agora saber de quais formas e em quais locais aproveitar essa divertida atividade que faz bem tanto para o corpo quanto para a mente.
“Ler é um direito do cidadão. A leitura é uma forma de obter informações, instrução, uma forma de aprender com autonomia e, portanto, uma forma de conhecer e poder participar mais ativamente da sociedade. Além disso, é, para muitas pessoas, uma forma de lazer”, pontua a professora da faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Carla Coscarelli, autora de cinco livros sobre esse contexto e sobre a Língua Portuguesa. Ainda segundo a pesquisa, as mulheres são maioria no grupo de leitores do país, sendo 60% da população entrevistada. E quando a comparação é em nível de classe social, a maior parte dos leitores pertencem às classes AB, com 54%, e os demais correspondem às classes C, com 40%, e classe DE, com 6%. Ao se focar a escolaridade, os dados mostram, ainda, que 25% dos leitores do país têm o superior completo, mesmo percentual dos leitores que completaram o ensino médio. Em contrapartida o índice de leitura fica em 0,3% entre os que não possuem estudos formais ou oficiais.

Estímulo

Para aumentar ainda mais o hábito de ler, foi instituído o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), instituído pelo decreto 7.559, de 1º de setembro de 2011, que consiste na aplicação de ações voltadas para o fomento da leitura em âmbito federal. Entre os objetivos estão a democratização do acesso ao livro, a formação de mediadores para o incentivo à leitura, a valorização institucional da leitura e o incremento de seu valor simbólico, além do desenvolvimento da economia do livro como estímulo à produção intelectual e ao desenvolvimento da economia nacional.

Segundo Carla Coscarelli, no mundo atual, as crianças já nascem com frequente contato textual presente em camisetas, outdoors, TV, computadores e lojas, mas há a necessidade de serem estimuladas para se tornarem leitores fluentes. “O papel dos pais e da escola é fundamental na formação do leitor. Normalmente a mãe é uma figura muito importante nesse processo. São as mães que costumam incentivar os filhos a ler. Se os pais são leitores, há grandes chances de os filhos também se tornarem leitores, mas se a leitura não é um hábito daqueles pais, pode ser que os filhos também não se interessem por essa atividade. Cabe à escola ampliar o leque de possibilidade de leituras dessas crianças e ajudá-las a desenvolver estratégias e habilidades de leitura que vão fazer com que elas se tornem leitoras fluentes e críticas”, conclui.

FONTE : Assessoria de Comunicação Social do Município - ASCOM

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