A Gerência Regional de Zoonoses Norte promoveu nessa terça-feira, dia 18, no auditório da Secretaria de Administração Regional Municipal Norte (rua Pastor Muryllo Cassete, 85, São Bernardo), a capacitação de Agentes de Controle de Endemias II (ACE), responsáveis pela observação de animais agressores. O objetivo é que os ACE’s reconheçam os sintomas da doença em cães e gatos agressores com vistas a aumentar a vigilância no controle da Raiva. A atividade é uma ação conjunta das gerências de Zoonoses, Atenção à Saúde e Epidemiologia.
“Pretendemos capacitar os profissionais para que eles possam fazer a observação adequada do animal agressor, fortalecer o fluxo intersetorial de vigilância com as Unidades de Saúde para o controle adequado da Raiva. A observação é feita pelo ACE duas vezes entre o primeiro e o décimo dia após a agressão, e pelo veterinário no décimo dia. Caso haja alguma alteração no comportamento do animal, o ACE informa ao médico responsável para auxiliar a conduta adotada no tratamento antirrábico do paciente a partir dessa observação” afirma a veterinária Iara Caixeta, técnica superior de Saúde e palestrante.
De acordo com Eduardo César, referência técnica da Gerência Regional de Zoonoses, embora não haja registros recentes de raiva canina em Belo Horizonte é de extrema importância que se mantenha profissionais capacitados para eventuais necessidades.
Em Belo Horizonte não há registro de Raiva Canina ou Humana desde a década de 80. Mas, neste ano foi constatada a presença de vírus em morcegos, indicando a necessidade constante de vigilância.
Saiba mais sobre a raiva:
A raiva é transmitida pelo contato com saliva de um animal doente, principalmente pela
mordida, do cão ou gato, arranhadura ou lambedura de pele machucada por animais
raivosos. O toque em animais estranhos, feridos e doentes, o contato com morcego
(vivo ou morto) já possibilita a transmissão da doença.
Nos cães e gatos o vírus começa a ser eliminado na saliva de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sintomas. Ao penetrar no organismo, o vírus atinge nervos, percorrendo a medula espinhal, até atingir o cérebro, onde causa uma série de alterações no indivíduo infectado.
Outra forma de se prevenir a contaminação do animal é evitar deixa-lo soltos na rua, já que em contato com outros animais infectados há o risco de contaminação.
Alguns dos principais casos de ataques de animais domésticos, a seres humanos, ocorre ao serem perturbados quando estão comendo, bebendo ou dormindo ou quando os donos tentam separar animais que estejam brigando.
Procure imediatamente o Serviço de Saúde mais próximo, e mantenha o animal em observação por 10 dias, durante esse período ele deverá receber água e alimentação normalmente, sendo mantido em local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais. Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, a vítima deve voltar imediatamente ao Serviço de Saúde.
Caso o animal morra (mesmo não tendo apresentado nenhum sinal da doença), seu corpo deverá ser encaminhado ao Centro de Controle de Zoonose para que sejam adotadas medidas específicas.
Outras informações:
Gerência Regional de Zoonoses: 3277-7382 / 3277-7967
Gerência Regional de Atenção à Saúde: 3277-7956 / 32777859.
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