A Pré-Conferência
Regional de Promoção da Igualdade Racial Norte reuniu nessa quarta-feira, dia
10, cerca de 130 pessoas no auditório da Regional Norte (Rua Pastor Muryllo
Cassete, 85, São Bernardo). Com o tema Democracia e Desenvolvimento por um
Brasil Afirmativo, o encontro discutiu quatro eixos temáticos e elegeu 19 delegados
que vão participar da III Conferência Municipal, marcada para os dias 19 e 20
de julho, na Câmara Municipal (Avenida dos Andradas, 3.100, Sana Efigênia).
A
mesa de abertura contou com a presença de representantes das etnias negra, Maurício
Moreira dos Santos e Ivone Maria de Oliveira, cigana, Carlos Resende Amaral, e
indígena, o amazonense Lindelvan Baré, além dos secretários da Regional, Elson
Alípio Júnior e Sérgio Miranda, e as coordenadoras do Grupo Gestor de Política
de Igualdade Racial (GGPIR) Norte, Maria Nazaret Teles Silva, e da
Coordenadoria Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Rosangela da Silva.
A
militante Graça Sabóia foi lembrada pelo secretário Elson Alípio como um
exemplo de vida dedicada à causa da igualdade racial e em busca de um Brasil
melhor. O secretário destacou também a necessidade de a comunidade participar
da construção efetiva de uma política pública que seja inclusiva e de indicar qual
o caminho a ser seguido pelo poder público no enfrentamento da questão. “Estamos
falando de um racismo velado que, por mais que seja negado, ocorre no dia a dia
das relações e que requer uma ação combativa. Temos que nos posicionar contra
toda desigualdade que existe neste país, onde quanto mais se acentua a cor da
pele, mais restritivos parecem ser os direitos das pessoas,” afirmou.
Para
o gerente Regional de Educação Norte, o doutorando em Educação Jerry Adriani da
Silva, o poder público está atento às demandas da promoção de igualdade racial.
“O primeiro passo para avançar no enfrentamento das desigualdades é o
reconhecimento e isso já foi feito. No campo da Educação atuamos em várias
frentes desde seminários de formação de professores até a distribuição de kits de
literatura afro. A implementação das leis 10.639 e 11.645 no currículo escolar também
se apresentam como ações afirmativas”, declarou. Jerry Adriani destacou a
importância de a sociedade se manter sempre alerta, pois, de acordo com ele,
por mais avanços que política garanta, um preconceito, uma hierarquização de
raças construídas há mais de 500 anos de história não serão vencidas
rapidamente. “Sempre haverá uma situação, quer seja no ambiente escolar ou de
trabalho, que vai requerer uma ação pontual, para além daquelas que são gerais
no campo da política”, finalizou.
As propostas
Quatro
eixos temáticos serviram de referência para as propostas. O tema Participação cidadã na construção e controle
social da política de Promoção da Igualdade Racial. Interfaces dos fóruns e
comissões locais com a promoção da igualdade racial apontou como proposta a
garantia da participação da sociedade civil no Grupo Gestor de Promoção da Igualdade
Racial e como desafio o fortalecimento do GGPIR e a inclusão de sua
participação no Orçamento da PBH
O segundo
eixo discutiu as Estratégias para o desenvolvimento
de políticas de Promoção da Igualdade Racial e indicou a necessidade de transformar
a coordenadoria em Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial.
Segundo os participantes, o maior desafio seria implementar os planos e
propostas debatidos nas últimas conferências.
O debate
sobre Diversidade cultural e intolerância
religiosa, tema do terceiro eixo propôs a construção de propostas
pedagógicas que promovam a diversidade religiosa e o reconhecimento da diversidade
religiosa, bem como o fortalecimento da laicidade no Brasil
Já o
quarto eixo, cujo tema foi Enfrentamento
ao racismo e promoção da igualdade racial, apontou como proposta a divulgação
e conscientização da comunidade sobre as políticas existentes e para
reivindicação de direitos, tendo como desafio a inserção política e econômica
das minorias.
FONTE : Gerência Regional de Comunicação Social Norte(GERCOM-N)
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